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Incubadora Musical do Recife realizou uma imersão com estes novos talentos da capital pernambucana

Maya, Zendo, Siba Puri, Jogba e o Maracatu Nação Erê estão com novos trabalhos na área. Com o incentivo do SIC Recife, o projeto Incubadora Musical do Recife realizou uma imersão com estes novos talentos da capital pernambucana. Selecionados entre mais de 100 inscritos em convocatória online aberta ano passado, estes cinco artistas agora têm a chance de apresentar novas músicas com a produção musical de Benke Ferraz (Boogarins) em parceria com o Estúdio Móbile.

Realizada ao longo de 2023 e início de 2024, a  Incubadora Musical do Recife teve como foco o desenvolvimento e a capacitação de novos talentos na cena musical da capital pernambucana. Durante esse período, a Incubadora promoveu um processo de mentoria, gravação e acompanhamento, proporcionando aos participantes a oportunidade de aprimorar suas habilidades e produzir composições de qualidade para o mercado nacional.

Agora ao final de todo o processo, será lançado no dia 19 de agosto uma coletânea digital com as cinco faixas produzidas, disponibilizada na plataforma Bandcamp (ouça aqui). Também um vídeo que mostra os bastidores do trabalho de gravação que contou com os artistas selecionados e outros músicos convidados. “A incubadora musical é sobre criar coisas e potencializar a voz de quem tem coisa pra dizer. É um projeto que renovou muito a minha visão de produção musical e me deu um novo ânimo. Espero que isso possa fazer o mesmo com a galera que participou e também inspirar quem assistir ao video”, revela Benke Ferraz.

Conheça os artistas – Maya é cantora e letrista recifense. Seu projeto musical traz elementos do trip-hop, pop eletrônico e rock alternativo. No single independente “Que Calor” (2022) teve a colaboração de Felipe. S e Chiquinho, da Mombojó, e China Ina. Para a gravação da Incubadora Musical do Recife, convidou o guitarrista Carlos Filizola das bandas Guma e Bule. “Foi uma honra enorme pra mim poder estar neste projeto. Fico muito feliz de tudo ter rolado tão suave e de ser também esse local especial para ideias fluírem. Esse projeto é uma espécie de bússola, que para além de nortear, nos lembra como seguir nesse imenso mar aberto da produção independente”, reflete a cantora.

Com uma carreira que se iniciou em 2022 quando lançou sua primeira música autoral, Zendo atualmente se encontra com seis singles lançados fazendo mesclagens do pop com outros gêneros como o Rap, o R&B e o brega/brega-funk. O artista tem chamado atenção por sua identidade visual ousada, sensual e composições sensíveis. Em suas palavras, participar da Incubadora “ajudou a expandir conhecimentos sobre os processos de produção, impulsionando meu trabalho para viabilizar outras oportunidades”. Em sua gravação, Zendo teve a colaboração de Dimitria e Superego, dois nomes ativos na cena autoral local.

Cantora, percussionista e arte educadora, Siba Puri desenvolve um trabalho artístico que tem como influência a sua avó, que em território Puri, em São José de Ubá, criava canções de roda sobre a força encantada presente na terra e nas estrelas. A vivência da artista no contexto urbano em Olinda, onde nasceu, proporcionaram um contato direto com a cultura popular no bairro de Rio Doce. “A Música Indígena Contemporânea precisa ocupar todos os espaços. Acredito que o projeto da Incubadora pode contribuir muito pra difusão desse movimento necessário”, anseia Siba. Com isso, a artista une a arte ancestral Puri aos elementos da cultura pernambucana e jamaicana, fazendo esse elo entre territórios e memórias rompendo as fronteiras impostas pelo colonizador.

Jovem talento do cenário de hip-hop da cidade do Recife, com raízes profundas em Água Fria, Jogba começou a explorar o mundo da rima aos 16 anos na escola, mas foi em 2022 que decidiu levar sua paixão pela música a sério. Suas letras são um reflexo autêntico de sua jornada, tornando-o uma voz única no hip-hop da cidade. Kildare Nascimento e Emerson Andrade foram os músicos que participaram da gravação de Jogba para a faixa produzida na Incubadora Musical do Recife. “Vejo a Incubadora como a chance de expandir meu alcance para um público mais amplo, contribuindo para colocar minha favela no mapa cultural e musical. Estou empolgado para essa jornada e ver como essa oportunidade pode impactar não apenas minha carreira, mas também minha comunidade”, relata o cantor.

Representantes da cultura popular pernambucana e de heranças ancestrais, o Maracatu Nação Erê, de Brasília Teimosa, surgiu em 1993 como um instrumento de alfabetização e conscientização das crianças do CEPOMA – Centro de Educação Popular Mailde Araujo. Formado por crianças e jovens da comunidade, a entidade busca estimular a educação que é a base de tudo na formação do indivíduo. De sua formação até agora, a Nação Erê segue levando a cultura de Pernambuco e difundindo em várias partes do Brasil a música afrobrasileira de raízes históricas com novas gerações de instrumentistas. “É muito importante fazer com que crianças escutem e vejam crianças fazendo maracatu, mantendo viva essa tradição. E a Incubadora do Coquetel Molotov é uma oportunidade massa nesse cenário da música”, informa Dandara Martins, integrante do CEPOMA.


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