Saúde

Pratica corrida? Saiba como evitar a fascite plantar, uma inflamação comum em corredores

O segundo semestre de 2024 é repleto de provas de corrida, as pessoas que são amantes do esporte colocam em prática o que treinaram ao longo dos últimos meses. Neste período de intensificação da prática da corrida é importante estar atento aos sinais do corpo e o alerta vai para a fascite plantar, uma inflamação que costuma ser bem frequente em corredores devido à força exercida sobre o pé e que causa dor aguda no calcanhar. Além dos corredores, a fascite plantar atinge, principalmente, homens entre 40 e 70 anos. Conforme aponta um levantamento realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, o problema acomete cerca de 2 milhões de brasileiros anualmente.

A fascite plantar é uma inflamação no tecido localizado da sola do pé, a fáscia plantar, que recobre a musculatura da planta do pé, se estendendo do calcâneo, osso responsável pela estrutura do calcanhar, até a base dos dedos dos pés. “Quando o pé é submetido a esforços que vão além da sua capacidade, a fáscia pode inflamar e causar a fascite plantar. Durante a prática de corrida é comum aumentar a força exercida sobre os pés e impor uma sobrecarga que excede a capacidade do pé de absorver o trauma, causando dor. Na tentativa de absorver os impactos, os músculos também são enfraquecidos”, explica Fernandes Arteiro, médico ortopedista especialista em cirurgia do pé e tornozelo que atende na Clifor Olinda, Hospital Santa Joana, Hospital Esperança, Solb, Ortho, no Hospital Português e no Hospital da Restauração. 

Entre os principais incômodos causados pela fascite plantar estão o inchaço, dor ao apoiar os pés no chão, fisgada ou pontada próximo ao calcanhar, vermelhidão na região afetada, rigidez nas solas dos pés e dificuldade para andar ou ficar de pé. O diagnóstico é clínico, com auxílio de exames radiográficos, ultrassonografia ou ressonância magnética.

O tratamento é iniciado com o controle dos fatores de risco que levam à sobrecarga do pé e a quadros crônicos. Analgésicos e antiinflamatórios também podem auxiliar no alívio das dores, mas, hoje, existem procedimentos mais modernos que incluem fisioterapia, palmilhas, infiltrações e ondas de choque para evitar que a fascite avance ao ponto de precisar de intervenção cirúrgica.

“A terapia por ondas de choque utiliza ondas de choque para alívio da dor, sendo mais utilizada em casos crônicos. Elas promovem um aumento da circulação de sangue na área que está sendo tratada e estimulam a cicatrização e regeneração do tecido. Já a infiltração é realizada com a administração de medicamentos direto na região afetada, como corticosteróides, ácido hialurônico e ortobiológicos, para reduzir o inchaço e a inflamação”, explica o médico ortopedista Fernandes Arteiro. 

Para se proteger da fascite plantar durante os treinos de corrida, Fernandes Arteiro indica fazer exercícios de fortalecimento muscular, utilizar tênis com amortecimento adequado e palmilhas com acolchoamento do calcanhar, alongar antes e depois de correr. O médico ortopedista ainda alerta para a atenção especial que precisa ser dada na investigação do diagnóstico: “A fascite plantar costuma ser confundida com esporão, mas não é a mesma coisa. Quem tem essa condição não pode deixar que ela evolua, pois a patologia é perigosa e com o passar do tempo incapacita as pessoas de realizarem atividades básicas do dia a dia”, destaca Fernandes Arteiro, especialista em pé e tornozelo.


Descubra mais sobre

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Descubra mais sobre

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading